Mulheres cis e trans, travestis e mulheridades diversas em luta pelos direitos dos territórios periféricos de São Paulo, Brasil, que se reúnem na Escola Feminista Abya Yala, publicam o seu primeiro jornal, que temos a honra de reproduzir para download gratuito e divulgação na Internet.

 

Editorial

Olá! Você recebeu em mãos a primeira ediçâo do nosso jornal, feito por integrantes de Escola Feminista Abya Yala. Nós já dialogamos com outras mulheridades periféricas como nós por meio de folhetos, cartazes, posts de texto, fotos e vídeos no Instagram (@escola_abyayala) e mensagens no WhatsApp. Mas principalmente, desde 2019, nos comunicamos com as nossas olho no olho, em rodas de conversas, partilhas de alimento não só para o corpo, mas também para a mente e para alma.

A gente se encontra para estudarmos juntas, comermos e fortalecermos juntas. E agora, nossa comunicação também é por meio de um jornal que encontra outras como nós, periféricas, negras, ind ígenas, donas de casa, trabalhadoras e mães em seus trajetos de compromissos diários.

Nesta primeira edição, você encontrará uma receita simples de escalda-pés para ser sua companhia ao final de um dia exhaustivo. Você ainda vai conferir uma dica literária, com direito a um trecho de um dos livros de Helena Silvestre, como um convite para procurarem saber mais sobre a autora e suas escritas.

E neste mês de março, você chegou a pensar que “ser mulher é diferente da ponte pra cá”?  Inspiradas na obra dos Raconais Mc’s, que diz que o “mundo é diferente da ponte pra cá”, a gente faz essa pergunta para TODAS as mulheres. Confira próprias integrantes de Escola Feminista Abya Yala.

Agora nos conte: já participou de uma roda de coco? Nas próximas páginas você conhecerá um grupo que surgiu a partir de nossos encontros e que criou uma música nova só para o nosso momento de lançar e distribuir este jornal, no dia 27 de março.

Para terminar essa primeira prosa e deixar você passear pelo nosso jornal, quero contar que, para nós, “Escola” representa um lugar de encontro, troca de bons afetos e aprendizados sobre nós e as nossas. “Feminista” é o que somos, mas somos feministas periféricas e faveladas, empobrecidas, negras, indígenas. Juntas, lutamos pelos nossos direitos de sermos mulheres de diferentes formas e também pelos direitos básicos e fundamentais de todo ser humano.

Muitas de nós estão à frente de lutas por acesso à educação, à saúde, à moradia, à informação, à alimentação que nutra nossos corpos. E você já tinha ouvido falar no termo “Abya Yala”? Pois é o nome dado ao continente hoje conhecido como América, em sua extensão do Alasca à Patagônia, pelo povo do Panamá e da Colômbia, antes da chegada dos colonizadores.

De acordo com Secretaria Municipal de Direitos e Cidadania, em 2023, 4 mil mulheres foram vítimas de violência doméstica por mês na cidade de São Paulo. Mulheres que moram no extremo da Zona Sul de São Paulo sofrem 180 vezes mais com a violência do que moradoras do barrios nobres, conforme levantamento do Mapa da Desigualdade em 2020. Contra esses dados, seguimos juntas pela vida de todas nós!


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Bora ler um jornal feito por e para Mulheridades de Abya Yala